.: Fiquei um bom tempo afastado do blog, mas hoje finalmente consegui um tempinho pra escrever algo dedicado exclusivamente para aqui :.
Recentemente, fui indagada a escrever um texto sobre aquilo que não concordo, com o intuito de explicar o porquê e de sugerir alternativas. Existem muitas coisas com as quais não concordo, mas uma em especial é como se aborda educação ambiental na escola.
Sabemos que trabalhar educação ambiental no âmbito escolar não é lá uma tarefa muito fácil, porém, isso não quer dizer que a mesma possa ser “banalizada” pelos profissionais da educação.
A educação ambiental é banalizada na escola, quando os profissionais que a compõe ficam “jogando” essa responsabilidade para “cima” e exclusivamente do professor de ciências ou biologia, como se apenas esses profissionais fossem capazes de tal trabalho.
Esses outros profissionais esqueceram que a educação ambiental no âmbito escolar se trata de um tema transversal e, portanto, deve ser trabalhado de forma interdisciplinar para se conseguir maior êxito na temática.
Trabalhando de forma indisciplinar, podemos abandonar a “pedagogia do não pode”, que apenas tenta recriminar – no bom sentido da palavra – a criança de que isso ou aquilo é proibido. Mas onde está a explicação dessas “proibições”?
Dizer para uma criança que não pode jogar lixo na rua ou no rio é algo muito fácil, porém é algo também muito vago, pois a criança – curiosa por natureza – tem a tendência a se importar com aquilo que faz sentido, ela tem a necessidade e o direito de saber o porquê de não fazer aquilo.
Agindo dessa forma, causamos nos alunos um incomodo com a situação, despertando neles a vontade de preservar e manter sua comunidade, bairro e cidades limpas.
Um exemplo que dei no texto foi do professor de matemática que poderia propor a seus alunos que economizasse água e luz durante um determinado período, e depois fosse feita uma comparação – através de dados – com as respectivas contas anterior e posterior ao período sugerido, mostrando aos alunos o quanto cada um conseguiu de economia e totalizando o quanto a turma economizou.
Fazendo isso, além de provar ao aluno de que é possível cuidar do meio ambiente, conseguimos ainda mostrar a importância do coletivismo, onde todos se unem em prol de um ideal, que no caso seria a conservação da natureza.
Portanto, é necessário que a escola e seus profissionais quebrem esse paradigma e mudem sua pedagogia para uma que alcance o objetivo da temática, pois para a mesma existem várias formas de abordagem, cabendo apenas que parem de banalizar, e se interessem em fazer a diferença.

